quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Porta Biju

O porta bijuterias foi o segundo molde que testei. O da foto foi a terceira versão.e finalmente achei que ficou bom, porém deu  mais trabalho. Vejam como ficou:

 
 
 
 


terça-feira, 6 de novembro de 2012

Porta coisas em Patchwork

 
 
Andei às voltas testando moldes de organizadores em tecido, que eu gostaria de mostar.

A primeira peça é para quem como eu, quando sai de casa, não esquece a cabeça por que está grudada. É um porta coisas para pendurar no trinco da porta de saída, para não esquecer nada.

A técnica que usei foi patchwork (foundation e quilt livre)





 


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Patchwork não convencional

 
A mistura de técnicas e tecidos mistos ou sintéticos, trazem nuances ao patchwork que o descaracteriza do tradicional, porém com resultado com visual bonito. 

Apresento a vocês meu primeiro trabalho em patchwork não convencional, um Quilt de parede (tamanho 110 cm x 107 cm) onde utilizei as técnicas de tingimento em tie-dye, carimbos, tecido gorgurinho e linhas brilhantes para o quiltado
 
Aprendi as técnicas que utilizei neste trabalho em cursos com três professoras fantásticas, cada uma em sua área artística, e cabe aqui uma carinhosa menção às queridas mestras (citadas em ordem cronológica dos cursos).
 
Carminha Neto, da Fio deLinha, de Gramado que me ensinou as diferentes técnicas do patchwork e onde pela primeira vez conheci a fascinante e linda história deste trabalho manual tão antigo.
 
Susana Uribarri, São Paulo, que em um curso super- intensivo me ensinou técnicas de tingimento e os diferentes efeitos, como Tie-dye, Shibori, Batik Javanês, Tjap, Tulis.
 
Zorávia Bettiol, artista plástica Gaúcha que me ensinou a técnica de confeccionar meus próprios carimbos e como usá-los na estamparia artesanal. O trabalho da conclusão do curso está apresentado neste blog, aqui
 
O meu primeiro trabalho em patchwork não convencional é um Quilt de parede (tamanho 110 cm x 107 cm) onde utilizei as técnicas de tingimento em tie-dye, carimbos, tecido gorgurinho, quiltado a máquina.

Sol ( 110 cm largura x 107 cm altura)
Detalhe estampa com 


Detalhe -estampa manchada e carimbos

Detalhe - carimbo sobre gorgurinh0

Detalhe  - Centro com tingimento em Batik e aplicação de carimbos

Verso do trabalho



sábado, 13 de outubro de 2012

O patchwork em minha vida.


A arte de unir paninhos me fisgou há muito tempo, logo que vim morar em Gramado. 

O primeiro patchwork  achei que tiraria de letra, com molde retirado de revista, mas lá pelas tantas, depois de desmanchar pontinhos e refazer muitas vezes, desconfiei que o pobre coitado não ficaria aceitável e então resolvi fazer um curso básico rapidinho.

Todas as quintas feiras à tarde tínhamos aula de patchwork básico, com a mestre Carminha, quilteira de mão cheia e além dos paninhos e pontinhos, formamos um ótimo grupo de amigas.  

Muitos trabalhos vieram, e modéstia parte ficaram bons. Ainda tenho todos comigo, são como filhos, dão um trabalho e sempre ficamos orgulhosas com o resultado.

O primeiro trabalho, que considerei bom, está pendurado na sala de casa e é o que mostro para vocês.  Espero que gostem.






domingo, 7 de outubro de 2012

A versatilidade dos carimbos

Os carimbos são minha paixão e estou sempre procurando novos usos para eles. Aqui vão algumas barras para tolhas de lavabo.

Estamparia com carimbos

Estamparia com carimbos



Estamparia com carimbos

Estamparia com carimbos

Estamparia com carimbos
Estamparia com carimbos

Estamparia com carimbos



quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Shibori - Dicas básicas da técnica com alinhavo

Escolha e preparo do tecido
 
Diferentes texturas e espessuras de tecidos darão resultados  finais diferentes.
Tecidos finos (algodão fino, cambraia, linho fino, viscose, seda, lã fina) são os mais indicados, pois quando franzidos, se compactam e tapam melhor parte do tecido, o que dará o efeito característico do Shibori. Tecidos mais grossos, quando franzidos não compactam tanto, o que permite que o corante penetre no franzido, o que faz que se perca o efeito característico dessa técnica.
 
Tecidos sintéticos ou mistos são mais difíceis de tingir e não são os mais indicados para essa técnica.
 
Se o tecido desfiar com facilidade, embainhar é uma alternativa, lembrando que, se a bainha for um arremate definitivo, a linha utilizada deve ser do mesmo tipo de fibra do tecido. Bainhas feitas com linha de poliéster não absorverão corante próprio para algodão ou seda (fibras protéicas ou celulósicas).
 
O tecido deve ser deixado de molho em água morna e sabão líquido neutro durante algumas horas , para que seja retirados toda a goma e outros produtos utilizados nas tecelagens  e que deixam as fibras resistentes à água.
 
Caso haja dúvida, se o banho com água e sabão deixou o tecido pronto para ser tingido, um teste rápido dirá. O teste consiste em esticar o tecido sobre a boca de um copo e preso com um elástico. Com auxílio de um conta gotas, pingar algumas gotas sobre o tecido.
Se a absorção da água seja imediata, o tecido está pronto para receber o corante. Caso as gotas permanecerem sobre o tecido, ainda há goma e há a
necessidade de uma nova lavagem, ante de seguir a técnica.
 
Escolha do desenho ou motivo e transferência para o tecido
 
As opções são infinitas e basicamente todas as formas podem resultar em um efeito de Shibori. Uma regra básica deve ser obedecida, a de não passar um risco sobre o outro. Se ao alinhavar um pontinho passar sobre o outro, não
se consegue franzir os alinhavos. Os alinhavos podem quase se tocar, passar muito próximo, porém não podem se cruzar.
 
A melhor maneira de se marcar o tecido é com lápis 6B e feito de maneira suave, sem calcar muito para não machucar a fibra. Dessa forma, na lavagem final do tecido, o grafite sai sem deixar marcas.
 
Canetas próprias para marcar tecidos ou giz de alfaiate podem apagar depois de um tempo e às vezes isso pode ocorrer antes que se possa concluir a etapa de alinhavo de todo o tecido.
 
A Linha

A espessura da linha deve ser proporcional à espessura do tecido. Linhas grossas em tecidos finos deixam marquinhas indesejáveis e interferem na trama, afastando as fibras. Podem também romper as fibras, dando furinhos
desagradáveis.


A linha deve ser resistente, porém há necessidade de cuidado, já que linhas muito fortes podem cortar o tecido.

O Alinhavo

O alinhavo é iniciado quando todo o tecido já estiver com o desenho marcado.
Calcular aproximadamente o comprimento da linha, já que não é desejável
haver emendas no meio de um desenho. Qualquer nó e retomada do
alinhavo irá resultar em uma marca que será visualizada no término do
trabalho.


O uso de linha dupla permite que se arremate com mais facilidade as pontas,
já que o alinhavo depois de franzido deve ser amarrado de forma que fique
firme e que não se desfaça ou rompa durante o processo de tingimento. Ao
escolher a linha, deve-se prever a espessura dos dois fios juntos.







O tamanho do ponto de alinhavo dará diferentes resultados. Pontos pequenos dão franzidos mais compactados e um efeito mais delicado. Pontos mais espaçados dão trabalhos com menos contraste.

O alinhavo deve ser feito à mão, já que franzidos feitos com máquina de costura não compactam suficientemente o tecido, permitindo que o corante entre por dentre as pregas. 

Resultado com alinhavo de pontos grandes
 
 
Resultado com alinhavo de pontos pequenos








Franzir o Tecido

Durante o processo de franzir, deve-se ir ajeitando as preguinhas, para que fiquem uniformes. Como o tecido após franzido torna-se uma superfície tridimensional, as saliências devem ficar ajeitadas de forma que tenham um contato melhor com o corante.

Escolha da Cor
O efeito característico dessa técnica, é o contraste entre cores claras e escuras.
Geralmente a cor de fundo é clara, podendo mesmo ser branca. A segunda cor
a ser aplicada deve ser mais escura que a cor base. Quanto maior o contraste de cor desejado, mais escura deve ser essa cor.


Quando se utilizam 3 ou mais cores, deve-se planejar o trabalho de forma a utilizar primeiro a cor mais clara até a mais escura, não esquecendo que
tingimento de cor sobre cor, resulta em uma cor final diferente da escolhida.




Preparo do corante

Pesa-se o tecido   e calcula-se a quantidade de corante, sempre seguindo as recomendações do fabricante. Dissolve-se previamente o corante em água fervente. Aquece-se quantidade de água suficiente para cobrir o tecido. Acrescentar o corante dissolvido à água quente.


Tingimento

Molha-se previamente o tecido. Para deixá-lo mais "molhável", adicionar algumas gotas de sabão neutro líquido em água e acrescentar o tecido até molhar bem. Retirar o excesso de água. Esse recurso permite que  as partes livres do tecido absorvam o corante uniformemente, sem manchar.

O tecido é então levado ao banho com o corante. Diferentes modos de tingir darão diferentes efeitos.

Por exemplo:

  • Deixar o tecido na fervura resultará em um trabalho com efeitos definidos, sem o manchado próximo ao franzido (foto1).

  • Deixar o banho com o corante a uma temperatura de cerca de 80 graus C, acrescentar o tecido e movimentá-lo e virá-lo, vez ou outra. Nesse caso o manchado próximo ao franzido ficará mais acentuado.  Como o tecido não
    foi fervido no corante,  é recomendado que, seja levado a um banho com fixador, após ter sido desmanchado o alinhavo. (foto 2)
Pronta a etapa do tingimento, retirar o tecido do corante e lavar em água corrente, até que não "sangre" mais (perca corante).


Foto 2
Foto 1





 
Retirada do Alinhavo
 
A retirada do alinhavo pode ser feita com o tecido ainda molhado, desde que seja feito com muito cuidado e com auxílio de um abridor de costuras.
 
O tecido molhado é facilmente cortado ou rasgado pela linha do alinhavo. Nada mais desconcertante que um furo no tecido, após todas essas etapas de trabalho.
 
É recomendado que após retirar todos os alinhavos, o trabalho seja levado a um banho com fixador. Seguir as orientações do fabricante.Passar o tecido ainda úmido a  ferro, na temperatura indicada.
 
Cuidar ao retirar o alinhavo
Cuidar ao retirar o alinhavo


quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Shibori


Há inúmeras técnicas de tingimento aplicáveis em tecidos, cujo efeito final apresenta efeitos de ótimo visual. A chamada técnica artesanal (não industrial) possibilita que criemos peças únicas e aquela suposta falha tornará seu trabalho ainda mais especial. Uma de minha técnicas prediletas é o Shibori que descrevo de forma resumida abaixo.


Shibori, uma técnica milenar

Tapar ou vedar parte do tecido e em seguida tingi-lo, para obter desenhos e texturas, é uma técnica  que já era adotada na pré história.

Acredita-se que o Batik Africano tenha sido o antecessor das diferentes técnicas similares, em que se utilizam amarrações, nós e linhas para vedar parte do tecido. Essa forma de estampar tecidos foi difundida na antiguidade pelas rotas de navegação e adaptada aos padrões culturais e artísticas dos
diferentes povos.

Quando o Batik  chegou na China foram introduzidas costuras e franzidos como forma de vedar parte do tecido. Posteriormente a técnica chegou ao Japão, sendo usada para estampar seus tradicionais quimonos, ainda famosos  na atualidade.

Bordados, amarrações, torção, prensagem com chapas, com posterior tingimento do tecido. A finalidade desses recursos é tornar o tecido, originalmente  bidimensional, em tridimensional. Quando esse recurso é removido, após o tingimento e tornando-o novamente bidimensional, há a "revelação" da padronagem. O fator surpresa torna esta técnica fascinante.

Diferente do Batik, que reflete a cultura exuberante da África, com suas estampas grandes, cores fortes e contrastantes, que lembram terra, rituais, florestas, símbolos tribais, o Shibori se caracteriza por figuras e texturas de contornos delicados, de tons e semi tons que se fundem, e tendo como cor mais utilizada, o índigo.

O recurso de amarrar, alinhavar, prensar, dobrar e enrolar o tecido pode ser utilizado de forma isolada ou combinada, tornando a técnica rica e de infinitas possibilidades. Os principais padrões obtidos, são conhecidos por nomes específicos.

Tanto na antiguidade, como agora, os tecidos  utilizados são a seda e o algodão, finos ou médios. As fibras naturais são as que produzem melhores resultados.

Para realizar o Shibori é necessário que se tenha conhecimentos sobre técnicas de tingimento de tecidos e corantes.

Abaixo algumas opções de efeito que podem ser obtidos com a técnica do Shibori.